A Caixa Econômica Federal ampliou nesta segunda-feira (6) em R$ 8,7 bilhões os recursos do crédito habitacional destinados às faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida, voltadas para famílias com renda de até R$ 4 mil. A linha utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O vice-presidente de Habitação do banco, Nelson de Souza, informou ao G1 que esta suplementação do orçamento resolve a restrição de recursos da linha e garante a execução total de novas propostas de financiamento.
A medida faz parte da estratégia de priorizar os programas sociais voltados à renda mais baixa nas concessões do crédito imobiliário, em um momento em que o banco está mais restritivo nos financiamentos com recursos da caderneta de poupança (SBPE) atrelados à classe média e alta renda, informa Souza.
Minha Casa, Minha Vida em Pelotas; Caixa diz que crédito para o programa é prioridade do banco (Foto: Reprodução/RBS TV)
Foco em imóveis novos
De acordo com o executivo, a Caixa também está priorizando os financiamentos de imóveis novos. Em setembro, o banco passou a exigir entrada de 50% para imóveis usados financiados com recursos da poupança.
"Priorizamos imóvel novo para gerar emprego e renda. Imóvel usado não é prioridade da Caixa", aponta Souza.
"Estamos voltando à vocação natural da Caixa que são os programas sociais e priorizando esta faixa de renda [até R$ 4 mil] no segmento imobiliário porque é onde está a maior concentração do déficit habitacional do país".
Veja quais são as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida
Faixa | Renda máxima |
1 | R$ 1.800 |
1,5 | R$ 2.600 |
2 | R$ 4.000 |
3 | R$ 7.000 |
As faixas 1,5 e 2 concentram 86% de todos os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida pela Caixa, segundo o banco.
Segundo o executivo, com este complemento no orçamento, a Caixa voltará ao mesmo ritmo de contratação mensal na faixa de R$ 5,7 bilhões do programa MCMV.